Estou-me
aqui agora. Neste “zum zum” que me despertou ainda há pouco. Uma awakenig session que me fez pestanejar e
ver para dentro da memória, sentir fundo no centro de mim que o mundo está aqui
todo para mim e eu, todos os dias, sinto-o escapar dos dedos sem nada fazer.
Consciência
de um presente em mute e aquele futuro almejado, antecipando-se em stand-by.
Tentam-se planos, mas foge-se, evita-se a conclusão que os fará por fim
dissolver. E o livre arbítrio. A possibilidade infindável de correr que nos paralisa
as pernas e prende ao chão como raízes de sequoias milenares.
Há dias em que não me sinto perto. Não me saem pensamentos trocados em letras em paredes brancas e linhas invisíveis. São dias consumidos nos intermeios dos nadas. São esgares de resignação de uma vida que se bebe em tragos largos, sem sentir o sabor. Tentando engolir, andar sem saborear. Porquês sem resposta. Vontades que se despediram numa daquelas estradas que se perdeu ao longo do caminho. As pernas e o sorriso são vigorosos. Os amores também. As redes em redor suportam, mas por dentro as vezes aquele “zum zum” que adormece e desperta em vontades próprias e sons impronunciáveis.
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